Produção: In-Impetus
Tradução/Adaptação, Encenação & Cenografia:
Graça P. Corrêa
Assistência de Encenação: António Sofia; Apoio Vocal: Luciana Ribeiro; Desenho de Luz: João Pitarma; Figurinos: Cátia Pinto; Fotografia: António Bagorro; José Teresa Marques; Produção: In-Impetus; Com: Carlos Colaço, Catarina Ramos, Dina Moreira, Santiago Ceia, Inês Sá Leal, Miguel Coutinho, Pedro Jesus, São Nogueira, Sílvia Moura, Susana Peseiro, Victhor Börrén Dias.
Em Party Time (1991) e Celebration (2000) – duas peças fundidas nesta Festa – Pinter aborda a sociedade dos elegantes, célebres e poderosos. Com uma ironia mordaz, retrata a crueza e a violência latentes sob o familiar verniz das boas maneiras e das convenções sociais que regulam o status quo. Reminiscentes de Buñuel, ambas as peças são premonitórias de um tempo—o tempo que hoje vivemos—em que os poderosos do mundo já fizeram estalar esse verniz. Agora, tal como na Festa, homens e mulheres de poder revelam-se afinal, não apenas grotescos e patéticos, mas também extremamente perigosos quando validam e defendem regimes morais, económicos e políticos que ignoram os valores éticos mais elementares.
Dezembro 2016